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1.
Rev. bras. epidemiol ; 26: e230008, 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1423229

ABSTRACT

RESUMO Objetivo: Identificar a variabilidade espacial da mortalidade por câncer de mama e colo do útero e avaliar fatores associados à mortalidade por esses cânceres no município de São Paulo. Métodos: Entre 2009 e 2016 foram registrados, no Sistema de Informações sobre Mortalidade, 10.124 óbitos por câncer de mama e 2.116 óbitos por câncer do colo do útero em mulheres com 20 anos e mais. Os registros foram geocodificados por endereço de residência e agregados segundo território adstrito. Foram realizadas modelagens de regressão espacial utilizando-se a abordagem bayesiana com estrutura de Besag-York-Mollié para verificar a associação dos óbitos com indicadores selecionados. Resultados: As taxas de mortalidade por esses cânceres apresentaram padrões espaciais inversos. As variáveis associadas à mortalidade por câncer de mama foram: tempo de deslocamento para o trabalho entre uma e duas horas (risco relativo — RR 0,97; intervalo de credibilidade — IC95% 0,93-1,00); mulheres responsáveis pelo domicílio (RR 0,97; IC95% 0,94-0,99) e óbitos por câncer de mama ocorridos em estabelecimentos privados (RR 1,04; IC95% 1,00-1,07). À mortalidade por câncer do colo do útero, estiveram associados: tempo de deslocamento para o trabalho entre meia e uma hora (RR 0,92; IC95% 0,87-0,98); rendimento domiciliar até três salários-mínimos (RR 1,27; IC95% 1,18-1,37); e razão de menores de um ano em relação à população feminina de 15 a 49 anos (RR 1,09; IC95% 1,01-1,18). Conclusão: Foram calculados os RR preditos para a mortalidade por esses cânceres, que estiveram associados às condições socioeconômicas das áreas de abrangência.


ABSTRACT Objective: To identify spatial variability of mortality from breast and cervical cancer and to assess factors associated in the city of São Paulo. Methods: Between 2009 and 2016, 10,124 deaths from breast cancer and 2,116 deaths from cervical cancer were recorded in the Mortality Information System among women aged 20 years and over. The records were geocoded by address of residence and grouped according to Primary Health Care coverage areas. A spatial regression modeling was put together using the Bayesian approach with a Besag-York-Mollié structure to verify the association of deaths with selected indicators. Results: Mortality rates from these types of cancer showed inverse spatial patterns. These variables were associated with breast cancer mortality: travel time between one and two hours to work (RR - relative risk: 0.97; 95%CI - credible interval: 0.93-1.00); women being the head of the household (RR 0.97; 95%CI 0.94-0.99) and deaths from breast cancer in private health institutions (RR 1.04; 95%CI 1.00-1.07). The following variables were associated with mortality from cervical cancer: travel time to work between half an hour and one hour (RR 0.92; 95%CI 0.87-0.98); per capita household income of up to 3 minimum wages (RR 1.27; 95%CI 1.18-1.37) and ratio of children under one year of age related to the female population aged 15 to 49 years (RR 1.09; 95%CI 1.01-1.18). Conclusion: The predicted RR for mortality from these cancers were calculated and associated with the socioeconomic conditions of the areas covered.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(11): e00149620, 2021. graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1350408

ABSTRACT

O câncer de mama é o tipo de câncer mais diagnosticado e a principal causa de morte por câncer na população feminina. As mamografias de rastreamento e o tratamento precoce são geralmente os meios mais utilizados na tentativa de reduzir essa mortalidade e são incentivados no Outubro Rosa, uma campanha de divulgação anual. Contudo, estudos recentes têm relacionado o aumento do rastreamento com uma maior morbimortalidade em razão do sobrediagnóstico e do sobretratamento. No presente estudo, avaliaram-se as buscas relativas ao câncer de mama e à mamografia no Google Trends, entre 2004 e 2019, em termos da tendência, da sazonalidade e da distribuição nas Unidades Federativas brasileiras. Avaliou-se também a correlação entre a quantidade de buscas no Google Trends e a quantidade de exames de rastreamento mamográfico. As duas séries tiveram um padrão sazonal com picos em outubro, e houve excesso de exames realizados fora da faixa etária recomendada. O Outubro Rosa transmitiu informações de saúde, as popularizou e induziu comportamentos relativos a informações transmitidas; três aspectos desejáveis na comunicação e na educação em saúde. Porém, gerou um excesso de mamografias de rastreamento e não incentivou a autonomia e o consentimento livre e esclarecido. O Outubro Rosa mostrou o potencial da comunicação em saúde para massas e a necessidade de que as mensagens sejam alinhadas com as melhores evidências científicas.


El cáncer de mama es el tipo de cáncer más diagnosticado y la principal causa de muerte por cáncer en la población femenina. Las mamografías de rastreo y el tratamiento precoz son generalmente los medios más utilizados en la tentativa de reducir esa mortalidad, y son incentivados en el Octubre Rosa, una campaña de divulgación anual. No obstante, estudios recientes han relacionado el aumento del rastreo con una mayor morbimortalidad, debido al sobrediagnóstico y al sobretratamiento. En el presente estudio se evaluaron las búsquedas relativas al cáncer de mama, y a la mamografía en Google Trends entre 2004 y 2019, en términos de tendencia, de estacionalidad y de su distribución en las Unidades Federativas brasileñas. Se evaluó también la correlación entre la cantidad de búsquedas en Google Trends y la cantidad de exámenes de rastreo mamográfico. Las dos series tuvieron un patrón estacional con picos en octubre, y hubo un exceso de exámenes realizados fuera de la franja etaria recomendada. Octubre Rosa transmitió información de salud, la popularizó e indujo a comportamientos relacionados con la información transmitida; tres aspectos deseables en la comunicación y educación en salud. Sin embargo, generó un exceso de mamografías de rastreo y no incentivó la autonomía y el consentimiento libre e informado. Octubre Rosa mostró el potencial de la comunicación en salud para las masas y la necesidad de que los mensajes estén alineados con mejores evidencias científicas.


Breast cancer is the most frequently diagnosed type of cancer and is the leading cause of death from cancer in the female population. Screening mammograms and early treatment are the most frequently used means to attempt to reduce this mortality and are promoted during Pink October, an annual awareness-raising campaign. However, recent studies have correlated the increase in screening with higher morbidity and mortality, due to overdiagnosis and overtreatment. The current study assessed searches related to breast cancer and mammogram in Google Trends from 2004 to 2019 in terms of trend, seasonality, and distribution in Brazilian states. The study also evaluatedH the correlation between the number of searches in Google Trends and the number of screening mammograms. The two series showed a seasonal pattern with peaks in October, and there was an excess in tests performed outside the recommended age bracket. Pink October transmitted and popularized health information and induced behaviors related to this information, which are three desirable aspects in health communication and education. However, the campaign also generated an excess in screening mammograms and did not encourage autonomy and free and informed consent. Pink October revealed both the potential of mass communication in health and the need for messages to be aligned with the best available scientific evidence.


Subject(s)
Humans , Female , Health Communication , Brazil , Mammography , Medical Overuse
3.
Rev. saúde pública (Online) ; 54: 142, 2020. tab, graf
Article in English | LILACS, BBO, SES-SP | ID: biblio-1145051

ABSTRACT

ABSTRACT OBJECTIVE To verify the spatial pattern of mortality from breast and cervical cancer in areas of primary health care, considering socioeconomic conditions. METHODS This is an ecological study, from January 2000 to December 2016. The study area is the municipality of São Paulo, Brazil, and its 456 coverage areas of primary health units. Information on deaths of women aged 20 years or over were geocoded according to residence address. We calculated mortality rates, standardized by age, and smoothed by the local empirical Bayesian method, and grouped into three or two years to reduce the random fluctuation of the data. In addition, bivariate global and local Moran indexes were calculated to verify the existence of spatial agglomeration of standardized mortality rates with a domain of socioeconomic condition, elaborated based on the Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS - São Paulo Index of Social Vulnerability). RESULTS The success rate of geocoding was 98.9%. Mortality from breast cancer, without stratification by time, showed a pattern with higher rates located in central regions with better socioeconomic conditions. It showed a decrease at the end of the period and a change in spatial pattern, with increased mortality in peripheral regions. On the other hand, mortality from cervical cancer remained with the highest rates in peripheral regions with worse socioeconomic conditions, despite being reduced over time. CONCLUSION The spatial pattern of mortality from the studied cancers, over time, suggests association with the best socioeconomic conditions of the municipality, either as protection (cervical) or risk (breast). This knowledge may direct resources to prevent and promote health in the territories.


RESUMO OBJETIVOS Verificar o padrão espacial da mortalidade pelos cânceres de mama e do colo do útero, em áreas da atenção primária à saúde, levando em consideração as condições socioeconômicas. MÉTODOS O estudo é ecológico, de janeiro de 2000 a dezembro de 2016. A área de estudo é o município de São Paulo, Brasil, e suas 456 áreas de abrangência das unidades básicas de saúde. As informações sobre óbitos de mulheres com 20 anos ou mais de idade foram geocodificadas segundo endereço de residência. Foram calculadas as taxas de mortalidade, padronizadas por idade, e suavizadas pelo método bayesiano empírico local, além de agrupadas em três ou dois anos para reduzir a flutuação aleatória dos dados. Além disso, foram calculados os índices de Moran global e local bivariados, para verificar a existência de aglomeração espacial das taxas de mortalidade padronizadas com um domínio de condição socioeconômica, elaborado a partir do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social. RESULTADOS A taxa de sucesso da geocodificação foi de 98,9%. A mortalidade por câncer de mama, sem estratificação por tempo, apresentou um padrão com maiores taxas localizadas nas regiões centrais e com melhores condições socioeconômicas. Apresentou queda ao final do período e mudança de padrão espacial, com aumento da mortalidade nas regiões periféricas. Já a mortalidade por câncer do colo do útero manteve-se com as maiores taxas nas regiões periféricas e com piores condições socioeconômicas, apesar de apresentar redução ao longo do tempo. CONCLUSÃO O padrão espacial da mortalidade pelos cânceres do estudo, ao longo do tempo, sugere associação com as melhores condições socioeconômicas do município, seja como proteção (colo) ou risco (mama). Esse conhecimento pode direcionar recursos para a prevenção e a promoção da saúde nos territórios.


Subject(s)
Humans , Male , Adult , Young Adult , Breast Neoplasms/mortality , Uterine Cervical Neoplasms/mortality , Brazil/epidemiology , Bayes Theorem , Cities/epidemiology , Spatial Analysis
4.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(1): e00128518, 2019. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-974626

ABSTRACT

A poluição relacionada ao tráfego é um grande problema nos centros urbanos, e uma grande parcela da população fica vulnerável aos seus efeitos à saúde. Este trabalho teve como objetivo identificar potencial associação entre as internações hospitalares por câncer do aparelho respiratório com a densidade de tráfego veicular no Município de São Paulo, Brasil. É um estudo ecológico com dados de internações hospitalares por câncer dos sistemas público (Autorização de Internação Hospitalar - AIH) e particular (Comunicação de Internação Hospitalar - CIH), de 2004 a 2006, geocodificados por endereço de residência do indivíduo. Mediante um modelo ecológico de Besag-York-Mollié foi avaliada inicialmente a relação entre o número de casos de internação por câncer do aparelho respiratório em cada área de ponderação e as covariáveis padronizadas: densidade de tráfego e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) como indicador de status socioeconômico. Sequencialmente, com um modelo clássico de Poisson, procedeu-se uma avaliação do risco associado às categorias crescentes de densidade de tráfego. O modelo de Besag-York-Mollié estimou um RR = 1,09 (IC95%: 1,02-1,15) e RR = 1,19 (IC95%: 1,10-1,29) de internação por câncer do aparelho respiratório, para cada aumento de um desvio padrão da densidade de tráfego e IDHM, respectivamente. Foi também evidenciado pelo modelo de Poisson um claro gradiente de exposição-resposta para internação por câncer respiratório (IRR = 1,11; IC95%: 1,07-1,15, para cada dez unidades de acréscimo da densidade de tráfego). Este trabalho sugere que há associação entre residir em áreas com alta densidade de tráfego e internação por câncer do aparelho respiratório no Município de São Paulo.


Pollution related to traffic is a major problem in urban centers and a large portion of the population is vulnerable to its health effects. This study sought to identify a potential association between hospital admissions due to respiratory tract cancer and vehicular traffic density in the city of São Paulo, Brazil. It is an ecological study of the public (Hospital Inpatient Authorization - AIH, in Portuguese) and private (Hospital Inpatient Communication - CIH, in Portuguese) health care systems, from 2004 to 2006, geocoded by individuals' residential addresses. Using a Besag-York-Mollié ecological model, we initially evaluated the relationship between number of cases of hospital admission due to respiratory tract cancer in each weighting area and the standardized co-variables: traffic density and Municipal Human Development Index (MHDI) as indicator of socioeconomic status. Using a classic Poisson model, we then evaluated the risk associated with growing traffic density categories. The Besag-York-Mollié model estimated a RR = 1.09 (95%CI: 1.02-1.15) and RR = 1.19 (95%CI: 1.10-1.29) of admission due to respiratory tract cancer for each increase of one standard deviation of traffic and MHDI, respectively. The Poisson model also showed a clear exposure-response gradient for admission due to respiratory tract cancer (IRR = 1.11; 95%CI: 1.07-1.15, for each 10 units of added traffic density). This study suggests that there is an association between residing in areas with high traffic density and hospital admissions due to respiratory tract cancer in the city of São Paulo.


La contaminación relacionada con el tráfico es un gran problema en los centros urbanos, y una gran parte de la población es vulnerable a sus efectos para la salud. El objetivo de este trabajo fue identificar la potencial asociación entre los internamientos hospitalarios por cáncer del aparato respiratorio con la densidad del tráfico vehicular en el Municipio de São Paulo, Brasil. Es un estudio ecológico con datos de internamientos hospitalarios por cáncer de los sistemas público (Autorización de Internación Hospitalaria - AIH) y particular (Comunicación de Internación Hospitalaria - CIH), de 2004 a 2006, geocodificados por dirección de residencia del individuo. Mediante el modelo ecológico de Besag-York-Mollié se evaluó inicialmente la relación entre el número de casos de internamiento por cáncer del aparato respiratorio en cada área de ponderación y covariables estandarizadas: densidad de tráfico e Índice de Desarrollo Humano Municipal (IDHM), como indicador de estatus socioeconómico. Secuencialmente, con un modelo clásico de Poisson, se procedió a una evaluación del riesgo asociado a las categorías crecientes de densidad de tráfico. El modelo de Besag-York-Mollié estimó un RR = 1,09 (IC95%: 1,02-1,15) y RR = 1,19 (IC95%: 1,10-1,29) de internamiento por cáncer del aparato respiratorio, para cada aumento de un desvío estándar de la densidad de tráfico e IDHM, respectivamente. Se evidenció también, a través del modelo de Poisson, un claro gradiente de exposición-respuesta para el internamiento por cáncer respiratorio (IRR = 1,11; IC95%: 1,07-1,15, para cada 10 unidades de incremento de la densidad de tráfico). Este trabajo sugiere que existe una asociación entre residir en áreas con alta densidad de tráfico y el internamiento por cáncer del aparato respiratorio en el Municipio de São Paulo.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged , Aged, 80 and over , Young Adult , Respiratory Tract Neoplasms/chemically induced , Air Pollution/adverse effects , Environmental Exposure/adverse effects , Traffic-Related Pollution/adverse effects , Hospitalization/statistics & numerical data , Respiratory Tract Neoplasms/epidemiology , Socioeconomic Factors , Brazil/epidemiology , Residence Characteristics/statistics & numerical data , Cities/epidemiology , Risk Assessment/statistics & numerical data , Spatial Analysis , Traffic-Related Pollution/statistics & numerical data
5.
São Paulo; s.n; 2018. 101 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-905433

ABSTRACT

Introdução: A poluição do ar relacionada ao tráfego veicular é um grave problema nos centros urbanos, expondo parcela considerável da população ao risco de efeitos adversos à saúde. Estudos epidemiológicos e toxicológicos têm encontrado evidências que associam a exposição aos poluentes do tráfego veicular e a incidência de câncer. Objetivo: Realizar uma análise espacial dos casos de cânceres do trato respiratório e hematológico e de sua relação com a densidade de tráfego veicular no município de São Paulo. Métodos: Foram utilizados os dados de três bases distintas: dados de incidência de câncer do Registro de Câncer de Base Populacional do Município de São Paulo (RCBP) de 2002 a 2011; dados de internações hospitalares por câncer do sistema público e particular de 2004 a 2006; dados de mortalidade por neoplasias do Sistema de Informação de Mortalidade de 2002 a 2013, da Secretaria Municipal de Saúde. Para a avaliação da exposição foi utilizada a densidade de tráfego veicular e, como indicador de status socioeconômico, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Foram utilizadas como unidade espacial as áreas de ponderação do Censo 2010 e uma grade de 500m x 500m. Mediante um modelo ecológico de Besag-York-Mollié foi avaliada a variabilidade espacial do risco de incidência, internação hospitalar e mortalidade por câncer do aparelho respiratório e hematológico, sendo os resultados expressos em termos de risco relativo (RR). Utilizou-se também um modelo de regressão Binomial Negativo e Poisson para quantificar a associação do desfecho estudado às categorias crescentes de exposição à densidade de tráfego obtendo-se estimativas da razão da taxa de incidência (IRR). Resultados: A variabilidade espacial do risco foi influenciada pelas covariáveis padronizadas: densidade de tráfego veicular e IDHM. Para cada aumento de um desvio padrão da densidade de tráfego obteve-se um RR= 1,07 (IC 95%: 1,02-1,13), RR= 1,09 (CI 95%: 1,02-1,15) e RR= 1,04 (CI 95%: 0,99-1,09), para incidência, internação hospitalar e mortalidade por câncer do aparelho respiratório para indivíduos > 20 anos de idade, respectivamente. Para a incidência de câncer hematológico em jovens obteve-se um RR= 1,09 (IC 95%: 1,00-1,18) para este mesmo aumento da densidade de tráfego. A avaliação da exposição por categorias crescentes de densidade de tráfego evidenciou um claro e significante gradiente de exposição-resposta para incidência e mortalidade por câncer respiratório em regiões com baixo IDHM, independente do sexo analisado. Na categoria mais alta de densidade de tráfego, homens de regiões com baixo IDHM apresentaram IRR= 3,29 (IC 95%: 2.34-4,64) comparado a IRR= 1,18 (IC 95%: 1,03-1,36) referente aos homens de regiões com alto IDHM. Conclusões: Os resultados mostraram uma associação positiva significante entre residir em áreas com alta densidade de tráfego e incidência, internação hospitalar e mortalidade por câncer respiratório em > 20 anos e incidência de câncer hematológico em indivíduos jovens. As pessoas de baixo status socioeconômico, embora não residam em áreas de maior exposição aos poluentes do tráfego, sofreram mais os efeitos da poluição do ar, provavelmente devido a fatores de vulnerabilidade


Introduction: Traffic-related air pollution is a serious problem in urban centers, exposing a considerable part of the population to the risk of adverse health effects. Epidemiological and toxicological studies have found evidence associating exposure to traffic pollutants and the incidence of cancer. Objective: To perform a spatial analysis of cases of respiratory and hematological cancers and its relation with traffic density in the city of São Paulo. Methods: Data from three different databases were used: cancer incidence data from the Population- Based Cancer Registry of the Municipality of São Paulo (RCBP) from 2002 to 2011; data from hospital admissions for cancer of the public and private system from 2004 to 2006; mortality data from the Mortality Information System (SIM) from 2002 to 2013, from the Municipal Health Department. The traffic density was used for exposure assessment, and the Municipal Human Development Index (MHDI) as an indicator of socioeconomic status. As a spatial unit, the weighting areas of the 2010 Census and a grid of 500 m x 500 m were used. The spatial variability of risk for incidence, hospital admission and mortality from respiratory and hematological cancers was assessed using an ecological model from Besag-York-Mollie. The results were expressed in terms of relative risk (RR). A Negative Binomial and Poisson regression model was used to quantify the association of the endpoint studied with the increasing categories of exposure to traffic density, obtaining estimates of the incidence rate ratio (IRR). Results: The spatial variability of the risk was influenced by the standardized covariates: traffic density and MHDI. For each increase of a standard deviation of the traffic density was obtained an RR = 1.07 (95% CI: 1.02-1.13), RR = 1.09 (95% CI: 1.02-1, 15) and RR = 1.04 (CI 95%: 0.99-1.09), for incidence, hospital admission and mortality from respiratory cancer, respectively, among individuals over 20 years of age. The RR = 1.09 (95% CI: 1.00-1.18) for this same increase in traffic density was obtained for the incidence of hematological cancer in youngsters. The exposure assessment by increasing categories of traffic density evidenced a clear and significant exposure-response gradient for incidence and mortality from respiratory cancer in regions with low MHDI, regardless of the sex analyzed. In the highest category of traffic density, men from regions with low MHDI regions presented IRR = 3.29 (95% CI: 2.34-4.64) compared to IRR = 1.18 (95% CI: 1.03-1, 36) for men from regions with high MHDI. Conclusions: The results showed a significant positive association between residing in areas with high traffic density and incidence, hospital admission and mortality from respiratory cancers in individuals over 20 years, and the incidence of hematological cancer in young individuals. People with low socioeconomic status, although not residing in areas of greater exposure to traffic pollutants, have been more affected by air pollution, probably due to vulnerability factors


Subject(s)
Air Pollution , Hematologic Neoplasms/epidemiology , Motor Vehicles , Respiratory Tract Neoplasms/epidemiology , Vehicle Emissions , Bayes Theorem , Spatial Analysis
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